Tecnologia

Wall Street fecha em alta com mais despedimentos nas tecnológicas

O índice Dow Jones, que acelerou no final da sessão, encerrou a ganhar um por cento, o tecnológico Nasdaq progrediu 2,66%, e o alargado S&P500 subiu 1,89%.

A continuação dos anúncios de despedimentos entre as grandes tecnológicas, agora com a Google a divulgar a intenção de despedir 12 mil pessoas, e a subida dos assinantes da Netflix eram um impulso ao Nasdaq.

“Depois de várias sessões de bolsa difíceis, os investidores sentem que a maior parte das más notícias já passou e que as ações estavam subvalorizadas”, afirmou Jack Ablin, da Cresset Capital.

Desta forma, a Alphabet, a ‘holding’ da Google, foi o último conglomerado do setor tecnológico, em data, a anunciar na sexta-feira despedimentos, depois de Microsoft, Amazon, Meta, Salesforce e Twitter, entre outros.

Cerca de 12 mil empregos, correspondentes a seis por cento dos efetivos da Google, vão ser suprimidos no mundo.

Os investidores saudarem estas reduções de custos e a ação da Alphabet subiu 5,72%.

“Os pilares da tecnologia tinham contratado a um ritmo que era insustentável e a degradação do ambiente macroeconómico força-as agora a despedir”, comentou Dan Ives, da Wedbush Securities.

Na véspera, depois do fecho do mercado, o líder da transmissão em contínuo, a Netflix tinha anunciado uma importante subida do número de assinantes em 7,6 milhões só no último trimestre, o que os investidores privilegiaram à forte desilusão do lucro trimestral, de 55 milhões de dólares, muito abaixo dos 257 milhões esperados.

Por outro lado, o grupo, cuja ação fechou em alta de 8,46%, parece ir mudar de era, com a reforma do fundador Reed Hastings, que vai descer o lugar ao co-diretor-geral.

Entre os grandes nomes do Nasdaq, a Microsoft e a Amazon ganharam mais de três por cento e a Apple quase dois por cento.

Mas, além das notícias do setor da tecnologia, os investidores foram aliviados por um tom mais acomodatício da parte de membros do comité de política monetária da Fed (FOMC, na sigla em Inglês), quando se aproxima a próxima reunião deste órgão, em 01 de fevereiro.

Até lá, os membros da Fed entram na semana de silêncio anterior aos dias da reunião.

Hoje, um dos governadores da Fed, Christopher Jan Waller, pronunciou-se a favor de uma subida da taxa de juro de referência em um quarto de ponto percentual da taxa diretora, por ocasião da próxima reunião do FOMC. Na reunião anterior, a Fed tinha aumentado a taxa em 50 pontos-base.

Perante “a excelente notícia” do arrefecimento da inflação, “parece-me que é tempo de diminuir (…) o ritmo” da subida da racha, acrescentou.

Os investidores acolheram bem “esta moderação do tom dos responsáveis da Fed” comentou para a AFP Art Hogan, da B. Riley Wealth Management. “Dir-se-ia que isto vai ser o ser novo tempo” das subidas de taxa, acrescentou.

Para Jack Ablin, da Cresset Capital, este novo tom é também “uma boa notícia”.

Tanto mais que, na sua opinião, a composição do FOMC para 2023 “vai ser mais ‘pomba'”, isto é, mais inclinado para uma política mais acomodatícia, por oposição aos ‘falcões’, mais defensores de um endurecimento monetário, com a rotação dos membros votantes no seu seio.

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